Árvore!


Que estranho e inquietante silêncio é este que ronda as árvores?
Ao tato, transcorre um calor inexiste, uma energia positiva sem números, forma e corrente.

Que som é este que acompanha os ventos? O balançar eterno que jamais quebra suas estruturas rígidas, tampouco nosso caráter fosse assim.

Que ser é esta árvore da esquina que cada dia parece diferente, assumindo formas enigmáticas, nos arredores da cidade, ela se multiplica, espalhando sua vontade para outras!

Que sentido esta árvore acompanha? Segue seu rumo, sem mudanças, sem estatísticas, sem medos, sem contar, sem nada...
Árvore, que não respira, usa o sol o tempo todo, e no seu silêncio trabalha sem parar, não tira férias, não pensa em nada. Pensa diferente!

Que pressa vai isto? Sente-se e observe ao seu redor, tudo cresce o tempo todo, tudo muda o tempo todo, quem pára assim não somos nós, árvores que ao cair da noite, ao brilho da lua, não se deitam, se quer há desistência em sua postura.

Árvore que não sonha, que não sente, que só é!